Segundo a ONU, a projeção para 2050 é que a população mundial chegue a 9,3 bi de pessoas.
Isso deve-se, em grande parte, ao avanço da medicina e da tecnologia, o que vai permitir o aumento da expectativa de vida de 71 para 77 anos. Logo, a demanda de alimentos, energia, recursos hídricos, transporte, etc. deverão aumentar conjuntamente, e uma das consequências disso tudo será o aumento na produção mundial de lixo.
O lixo, nos dias de hoje, já é um problema não apenas para ambientalistas e gestores públicos, mas para toda população, pois sua má administração têm consequências nefastas na vida de todos.
A decomposição da matéria orgânica do lixo, quando não administrada, ou conduzida de maneira errada, pode ser altamente poluente para o ar através dos gases liberados e para o solo por causa do chorume. Uma vez que o solo está contaminado, a poluição das águas subterrâneas, não se torna algo distante, bem pelo contrário.
Este grande problema diverge demasiadamente do que todos desejam, isto é, condições dignas de vida com acesso à água tratada, esgoto, habitação, saúde e educação, além de uma cidade limpa e organizada. Para isso, o lixo municipal deve ser algo administrado para evitar todas as consequências comuns nos processos de descarte, coleta, transbordo, transporte e disposição dos resíduos.
Novas tecnologias auxiliam no combate ao problema
No interior do Rio Grande do Sul foi desenvolvida uma nova tecnologia que permite que o lixo seja compactado, embolsado e depositado em big bags.
A partir dessa experiência foram identificadas uma série de vantagens em relação ao sistema convencional de coleta e disposição do lixo em aterros convencionais. A ideia de embolsamento foi concebida pelo fato de que ao descartar o lixo em nossas residências, nós armazenamos em sacos plásticos até que o caminhão do lixo recolha em frente à nossa casa. Porque fazemos isso?
Quando descartamos os nossos resíduos dentro do saco de lixo, evitamos que os mesmos exalem odores desagradáveis na nossa casa e atraiam animais, principalmente insetos e roedores, pelos resíduos ali depositados. Outras vantagens que não nos damos conta é o controle e a retenção de líquidos proporcionado pelo fato do lixo estar ensacado, facilitando o deslocamento desse material de dentro da nossa residência até a lixeira da rua.
Seguindo essa mesma lógica, essa nova tecnologia de compactação e embolsamento permite, portanto, solucionar grande parte destes problemas ao isolar os resíduos para não entrar em contato com o meio ambiente. Com isso, tem-se a possibilidade de movimentá-lo de maneira rápida e limpa, podendo reduzir o seu volume para não precisar de grandes áreas, além de, diminuir custos na sua operação, possibilitando que pequenos municípios possam administrar um pequeno aterro próprio.
Existem algumas soluções já conhecidas no mercado mundial, porém, a maioria delas representa grandes desafios para a realidade brasileira. Precisamos de soluções que sejam viáveis operacional e economicamente, já que muitos municípios menores e mais afastados dos grandes centros urbanos padecem para encontrar uma solução mais adequada e que caiba em seu orçamento.
O empenho e determinação de bons gestores públicos focados em mudar esta lamentável realidade, será imprescindível para uma guinada na construção de municípios mais sustentáveis e despoluídos.