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Qual a importância da segregação e acondicionamento dos resíduos?

Para muitos essa pergunta parece trivial, mas podemos afirmar que não é! Uma das formas da população inteirar-se sobre assuntos relacionados ao meio ambiente e formas de cuidá-lo é por meio da Educação Ambiental

Pessoas de mais idade acompanham este tema em reportagens e/ou redes sociais. Já os jovens deveriam desde o primário adquirirem este tipo de conhecimento. Mas, sabe-se que apesar de existir uma Lei que inclui a Educação Ambiental na grade curricular das escolas, isso ocorre esporadicamente, os próprios educadores encontram dificuldades em repassar o tema.

Desta forma, no post de hoje vamos entender um pouco de como você, cidadão ou cidadã, pode contribuir com o meio ambiente, bem como, ajudar quem irá manipular o resíduo que você descarta. Para isto, vamos entender o que consiste segregar e acondicionar.

A segregação

A segregação baseia-se em separar os resíduos conforme alguns parâmetros, como por exemplo, suas características físicas, químicas, biológicas e radiológicas, bem como de acordo com seu estado físico, que divide-se em sólido e líquido.

De acordo com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a segregação faz parte de uma das etapas do Plano de Gerenciamento de Resíduos – PGRS e sua obrigatoriedade depende da atividade em questão, sejam elas públicas ou privadas. 

Para indústrias e comércios que almejam destinar seus resíduos de maneira correta, podendo inclusive comercializá-los, devem obrigatoriamente realizar corretamente a segregação. 

Deste modo, podem utilizar o código de cores da Resolução Nº 275/01 do CONAMA, como segue abaixo:

Isso quer dizer que a segregação serve apenas para empresas? 

A resposta é não! Contudo, o cidadão não precisa fazer uma segregação tão complexa em sua residência, mas sim separar em recicláveis e não recicláveis.  

Essa segregação na fonte geradora permite reduzir o volume de resíduos que necessitam de manejo diferenciado e o tratamento posterior fica mais dinâmico, barato e eficiente. 

Mesmo que em seu município não possua ainda a coleta seletiva para dispor seus resíduos, não deixe de segregar seu resíduo, pois isto facilitará o serviço dos triadores e evitará que diversos materiais sejam destinados a aterros como sendo rejeitos, habitue-se a fazer o correto!

O acondicionamento

De maneira simples, o acondicionamento baseia-se na inserção dos resíduos em reservatórios apropriados, previamente revestidos, que garantam a estanqueidade, em regulares condições de higiene, visando a  possibilidade de reaproveitamento, tratamento ou destino para reciclagem.

Ao acondicionarmos os resíduos corretamente, estaremos otimizando a operação para quem irá deslocá-lo para o armazenamento ou a realização da coleta, por consequência você estará evitando acidentes, além de que irá minimizar o impacto visual, pois resíduos dispostos de maneira incorreta não é algo bonito, minimizando o impacto olfativo, além de reduzir a heterogeneidade dos resíduos.

Confira abaixo os principais recipientes e o que pode ser acondicionado neles:

  • Saco plástico contido em recipiente (lixeira): são utilizados para rejeitos, resíduos orgânicos e alguns recicláveis como papel, papelão e plástico;
  • Contentor de plástico: armazena resíduo orgânico e comum;
  • Containers: armazenamento de resíduos orgânicos e recicláveis (papel, papelão e plásticos);
  • Tambores e bombonas: são mais utilizados para acondicionamento de resíduos industriais e no momento da triagem dos resíduos sólidos;
  • Compactainers: utilizado para armazenar resíduos orgânicos, onde os materiais são prensados no interior do equipamento;
  • Caçambas fechadas: podem ser utilizadas com uma grande variedade de resíduos: resíduos da construção civil, metal, varrição, orgânicos, lodos sólidos, e outros dependendo do volume gerado;
  • Caçambas maiores: equipamento de grande tamanho, armazena resíduos recicláveis, madeiras, lodos, poda varrição e outros, com volumes maiores.

Por muitas vezes é comum pensarmos: será que este material pode ser descartado como está ou deve-se enxaguá-lo, por exemplo? Pensando nisso, separamos algumas dicas:

  • Coloque materiais recicláveis como, plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados dos orgânicos, por exemplo, restos de comida;
  • Lave as embalagens do tipo longa vida (leite) ou embalagens que o resíduo possa causar odor desagradavél, é importante deixar secar antes de depositar nos coletores;
  • Os papéis para poderem ser reutilizáveis devem estar secos. Ao descartá-lo nunca amasse, você pode dobrá-lo;
  • Quebrou algo de vidro ou outros materiais cortantes? Antes de descartá-lo enrole em papel jornal por exemplo, coloque dentro de uma caixa ou garrafa pet, evitando acidentes a quem irá manipular posteriormente.

A seguir algumas curiosidades citadas pelo Ministério do Meio Ambiente, para você pensar um pouco sobre o assunto:

  • A reciclagem de uma única lata de alumínio economiza energia suficiente para manter uma TV ligada durante três horas;
  • Cerca de 100 mil pessoas no Brasil vivem exclusivamente de coletar latas de alumínio e recebem em média três salários mínimos mensais, segundo a Associação Brasileira do Alumínio;
  • A cada 1 tonelada de papel reciclado evita o corte de 17 árvores adultas.
  • A cada 100 toneladas de plástico reciclado economiza-se 1 tonelada de petróleo;
  • A cada 1 kg de vidro quebrado se produz 1kg de vidro novo e pode ser infinitamente reciclado;
  • As latas são recicladas com ou sem o lacre;
  • Para produzir 1 tonelada de papel é necessário aproximadamente 100 mil litros de água e 5 mil KW de energia. Para produzir a mesma quantidade de papel reciclado, são usados apenas 2 mil litros de água e 50% da energia.

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Andrieli de Souza Alves

Andrieli de Souza Alves

Engenheira Agroindustrial - Ênfases em Indústrias Alimentícias e Agroquímica